Em nossa jornada de fé, poucas áreas são tão intimamente conectadas ao nosso dia a dia e, ao mesmo tempo, tão propensas a mal-entendidos quanto as nossas finanças. Falar sobre dinheiro dentro do contexto cristão pode, por vezes, parecer um tabu, um assunto mundano demais para um caminho espiritual. No entanto, a verdade é que a Bíblia fala extensivamente sobre dinheiro, riqueza e posses — não porque Deus esteja interessado em nossa conta bancária, mas porque Ele está profundamente interessado em nosso coração. A maneira como lidamos com os recursos que Ele nos confia é um dos mais claros indicadores da nossa verdadeira lealdade e adoração.
A conversa sobre finanças no Reino de Deus não começa com a pergunta "quanto devo dar?", mas sim com o reconhecimento de uma verdade fundamental que transforma tudo: nada do que temos é verdadeiramente nosso. O Salmo 24:1 declara inequivocamente: "Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela há, o mundo e os que nele habitam". Esta é a doutrina da mordomia. Deus é o dono de tudo, e nós somos Seus mordomos, Seus administradores. Quando essa verdade se assenta em nossa alma, nossa perspectiva sobre cada centavo que passa por nossas mãos muda radicalmente. Não somos mais proprietários ansiosos, acumulando tesouros para nós mesmos, mas sim gerentes fiéis, buscando aplicar os recursos do Rei para os propósitos do Seu Reino.
O Dízimo: Mais que um Mandamento, um Testemunho do Coração
Frequentemente, a discussão sobre a contribuição cristã começa e termina no dízimo. Mas o que ele realmente representa? Sua origem é anterior à Lei Mosaica, vista pela primeira vez na atitude de Abraão ao entregar a décima parte de tudo a Melquisedeque, um ato de honra e reconhecimento (Gênesis 14). Mais tarde, na Lei, o dízimo foi institucionalizado para sustentar o ministério dos levitas e cuidar dos órfãos, viúvas e estrangeiros, ou seja, para a manutenção da obra de Deus e para a justiça social.
No Novo Testamento, Jesus não anula o princípio, mas o eleva. Ao repreender os fariseus, Ele diz: "Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas" (Mateus 23:23). O problema dos fariseus não era dar o dízimo; era a hipocrisia de cumprir um ritual externo enquanto seus corações estavam distantes da essência da Lei de Deus.
Portanto, o dízimo hoje não deve ser visto como uma "taxa de membro" da igreja ou uma obrigação legalista para obter bênçãos. Ele é, acima de tudo, um ato de fé e adoração. É a devolução das "primícias", dos primeiros frutos, um testemunho tangível de que confiamos que Deus é a nossa fonte e provedor. Ao devolvermos a primeira parte, declaramos que Ele está em primeiro lugar em nossas vidas e que cremos que Ele cuidará dos 90% restantes. É um golpe direto no ídolo de Mamom, que nos sussurra para confiarmos na segurança do dinheiro em vez de na soberania de Deus.
As Ofertas: A Expressão Extravagante da Generosidade
Se o dízimo é o chão da nossa contribuição, as ofertas são o céu sem limites. Enquanto o dízimo é um ato de obediência e disciplina, as ofertas são a expressão espontânea e alegre de um coração grato e generoso. Elas nascem não de uma porcentagem fixa, mas de um coração movido pelo Espírito Santo em resposta a uma necessidade ou simplesmente por um transbordar de gratidão.
O apóstolo Paulo, em 2 Coríntios 9:7, nos dá a chave para o espírito da oferta: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria". A oferta é voluntária, sacrificial e alegre. Lembre-se da viúva pobre em Marcos 12, que deu apenas duas pequenas moedas. Aos olhos humanos, sua contribuição era insignificante. Aos olhos de Jesus, ela deu mais do que todos os outros, pois deu tudo o que tinha, um reflexo de sua total dependência e amor por Deus.
As ofertas nos ensinam sobre a lei espiritual da semeadura e da colheita. Paulo continua: "Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá com fartura". Isso não é uma fórmula mágica de enriquecimento, mas um princípio do Reino. Quando semeamos generosidade, colhemos uma safra de justiça, contentamento e vemos as necessidades de outros serem supridas, tudo para a glória de Deus.
A Sabedoria na Administração dos 100%
A verdadeira mordomia cristã, no entanto, vai muito além do dízimo e das ofertas. Deus não está interessado apenas nos 10% que devolvemos, mas em como administramos sabiamente os 100% que Ele nos confia. Isso envolve todas as nossas decisões financeiras.
Isso significa viver com contentamento em vez de ceder ao consumismo desenfreado que marca nossa cultura. A Bíblia nos adverte que "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1 Timóteo 6:10). Contentamento não é conformismo, mas a paz de encontrar nossa alegria e segurança em Cristo, não em posses.
Significa também evitar as dívidas que nos escravizam. "O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é servo de quem empresta" (Provérbios 22:7). Viver dentro de nossas posses, planejar gastos e poupar para o futuro são disciplinas espirituais que honram a Deus e nos mantêm livres para servi-Lo.
Em última análise, nossa vida financeira é um sermão que pregamos para nós mesmos e para o mundo todos os dias. Ela revela onde está nosso tesouro e, consequentemente, onde está nosso coração. Que possamos ser encontrados fiéis, não apenas em nossas igrejas aos domingos, devolvendo nossos dízimos e ofertas, mas em cada decisão de compra, em cada planejamento orçamentário, em cada ato de generosidade. Que nossa vida financeira se torne uma linda sinfonia de adoração, refletindo a glória, a provisão e a generosidade do nosso Deus.
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