Existe uma ideia popular, repetida tanto por céticos quanto por cristãos confusos, de que a Bíblia apresenta dois deuses diferentes. Segundo essa visão, o Deus do Antigo Testamento (Jeová) seria uma divindade irada, vingativa, guerreira e pronta para destruir nações com fogo e enxofre. Em contraste, o Deus do Novo Testamento (revelado em Jesus) seria "paz e amor", tolerante, gentil e incapaz de julgar alguém.

Essa dicotomia é antiga (remonta a uma heresia do século II chamada Marcionismo), mas continua viva hoje. Mas será que ela é verdadeira? Será que Deus sofreu uma mudança de personalidade entre o livro de Malaquias e o de Mateus?

A resposta bíblica é um retumbante não. A Bíblia revela um único Deus, imutável em Sua essência, que é perfeitamente justo e perfeitamente amoroso em ambos os Testamentos. Vamos analisar as evidências.

 

1. A Misericórdia no Antigo Testamento

Quem diz que o Deus do Antigo Testamento é apenas ira, provavelmente não leu o Antigo Testamento com atenção. Embora haja julgamento contra o pecado (o que é necessário para um Deus justo), as páginas das Escrituras Hebraicas estão encharcadas de graça.

Foi no Antigo Testamento que Deus se revelou a Moisés com estas palavras: "Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade" (Êxodo 34:6).

  • Pense em Nínive: Deus enviou o profeta Jonas não para destruir, mas para salvar a cruel cidade de Nínive, mostrando compaixão até pelos inimigos de Israel.

  • Pense em Davi: Um homem que cometeu adultério e assassinato, mas encontrou perdão total ao se arrepender.

  • Pense em Oseias: A história do profeta que se casa com uma prostituta é a maior metáfora do amor incansável de Deus por um povo infiel.

O Deus do Antigo Testamento é um Pai que, repetidamente, perdoa, restaura e busca o Seu povo, apesar de suas constantes rebeliões.

 

2. A Justiça no Novo Testamento

Por outro lado, quem diz que o Deus do Novo Testamento (ou Jesus) é apenas "amor tolerante" e nunca julga, ignora grande parte dos ensinos de Cristo e dos Apóstolos.

Surpreendentemente, a pessoa que mais falou sobre o inferno e o julgamento final na Bíblia não foi um profeta do Antigo Testamento, mas o próprio Jesus Cristo. Foi Ele quem expulsou os vendilhões do templo com um chicote, demonstrando zelo e ira santa. Foi Ele quem condenou a hipocrisia dos fariseus com palavras duras.

Além disso, o livro de Apocalipse, que encerra o Novo Testamento, descreve a "Ira do Cordeiro" (Apocalipse 6:16) e o julgamento final do pecado com uma intensidade que rivaliza com qualquer passagem do Antigo Testamento. O Novo Testamento confirma que "Deus é amor" (1 João 4:8), mas também afirma que "o nosso Deus é um fogo consumidor" (Hebreus 12:29).

 

3. A Imutabilidade de Deus

A chave para resolver esse aparente conflito é a doutrina da imutabilidade. Malaquias 3:6 declara: "Porque eu, o Senhor, não mudo". E Hebreus 13:8 confirma: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente".

Deus não mudou. O que mudou foi a nossa perspectiva através da Revelação Progressiva.

No Antigo Testamento, Deus estava ensinando a humanidade (ainda na "infância" espiritual) sobre a seriedade do pecado e a necessidade de santidade. A Lei foi dada para mostrar que o pecado traz morte.

No Novo Testamento, sem anular a Lei, Deus revela a solução definitiva para esse pecado. A Cruz de Cristo não é o lugar onde o "Jesus bonzinho" acalma o "Deus irado". A Cruz é o lugar onde a Justiça do Antigo Testamento (o pecado deve ser punido) e o Amor do Novo Testamento (o pecador deve ser salvo) se encontram.

 

Conclusão: Um Só Deus, Uma Só História

Não existem dois deuses. Existe um único Deus Santo que odeia o mal porque ama a Sua criação, e um único Deus Gracioso que provê um caminho de salvação.

O dilúvio no Antigo Testamento mostra que Deus julga o pecado. A Cruz no Novo Testamento mostra que Deus tomou esse julgamento sobre Si mesmo. Tentar separar o Deus da Justiça do Deus do Amor é destruir o Evangelho. Precisamos de ambos para entender a grandeza da nossa salvação.

 

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